Ondas há muitas...

Ondas há muitas...


Início de outubro do ano passado. Estava eu muito sossegado em casa quando recebo um convite para assistir a uma conferência, com o patrocínio do Parque da Devesa, em Vila Nova de Famalicão, via Skype, de um senhor que era eletrosensível.
À partida, embora tenha muita consideração pela preocupação crescente com a poluição eletromagnética, achei sinceramente que ia desperdiçar o meu tempo.
Qual o meu espanto quando algumas coisas que estavam a ser ditas começaram a fazer ressonância…
Se pensar bem, ao longo da última década comecei a sentir muitos mais acufenos. Por vezes sinto até uma reverberação semelhante a um motor de um frigorífico, quando me encontro em silêncio total e/ou prestes a dormir.
Não tenho dificuldades em adormecer mas tenho recorrentemente sonhos vívidos e um sono gradualmente mais leve.
Em bom rigor, não posso culpar exclusivamente o crescimento exponencial da quantidade de ondas eletromagnéticas circulantes, mercê do desenvolvimento estonteante da tecnologia nos últimos anos. Existem inúmeros outros fatores a ter em conta mas, indubitavelmente, os mais graves estão, na minha ótica, relacionados com o bulício do nosso modo de vida frenético.
Afinal eu ainda sou do tempo do telefone com fios, de discar. E os números tinham 6 dígitos no Porto. E… era feliz! Era excitante conseguir apanhar um amigo em casa e falar com ele… por um fio…
Neste momento:
Telemóvel, só mesmo com auricular (com fio) ou em alta voz.
Telemóvel, quando transportado no nosso corpo, em stand-by, fora das zonas críticas: - coração, cabeça, bolsos das calças, perto dos genitais (especialmente nos meus filhos adolescentes).
Telemóveis, tablets, telefone sem fios, laptops, routers e box – fora do piso dos quartos.
Router Wifi, comecei a desligar à noite e durante grande parte do dia quando não estou a utilizar a internet ou a ver televisão (sim…porque a maior parte dos routers tem de estar ligado para assistirmos à televisão).
Gostava de pintar a casa toda com tinta isolante das radiações eletromagnéticas (para proteger das gigantes antenas 3G e 4G disseminadas pelas companhias de telecomunicações, cabos de tensão, etc). É economicamente impraticável, nesta fase…
Isto porque desligar o meu próprio router é muito bonito mas mal o acabo de fazer, o meu telemóvel dá-me outras mil opções dos routers vizinhos.
Mediante este problema pensei em muitas alternativas mas, do nada, surgiu-me uma vaga memória de uma amiga do Facebook que estava a fabricar domesticamente orgonites.
Já me tinha informado na altura e recordava-me dos conceitos do austríaco Wilhelm Reich – nomeadamente a orgonite. Uma peça feita de resina, limalha de metais e cristais. À luz da sua teoria, a orgonite absorve do ambiente as “más” energias e transforma-as em “boas” energias.
Se pensarmos um pouco, faz algum sentido – Maior parte das bobines magnéticas consistem em longos fios de cobre enrolados e “aconchegados” em resina. O sistema piezoelétrico consiste na corrente gerada pela pressão mecânica provocada nalguns cristais, como o cristal de rocha. A tinta isoladora das radiações eletromagnéticas consiste basicamente em formar uma fina malha de alumínio que “absorve” as radiações.
Aliando estas propriedades presentes nas orgonites, decidi começar a produzi-las para consumo doméstico, dando-lhes o meu cunho pessoal e energético.
Assim, decidi incluir pequenos símbolos do Reiki em cobre, símbolos poderosos como a Flor da Vida e a proporção áurea (nas pirâmides à escala de Qeops), pedras protetoras e absorventes como o quartzo rosa e turmalina preta. Decidi colocar pirite, moldavite, ametista. Tudo num mar de muito latão, aço e alumínio.
A verdade é que aquela nuvem negra que às vezes sentimos a pairar por cima de nós, se dissipou. As plantas crescem mais viçosas, os vizinhos tornaram-se mais simpáticos (ou afastaram-se) e sinto-me energeticamente protegido.
Radicalismos, purismos e fundamentalismos à parte. Acho que todos deveriam experimentar uma orgonite em casa.

Step out of the box!

Ricardo Novais

P.S. - Estou em pulgas para vos falar das minhas pedras favoritas: - a Moldavite e as pedras vivas Boji... Mas tem de ficar para uma próxima...

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