O efeito Jack
A comunidade cética chama-lhe
pseudociência.
Durante anos colei-me a esta fação
e descartei por absoluto a possibilidade de um medicamento homeopático poder
ter algum efeito real no tratamento de doenças [em bom rigor, no tratamento de uma pessoa com desequilíbrios no seu estado de saúde].
Afinal, toda a minha formação era
de cariz científico. E a base do raciocínio científico é ver para crer!
Mas, se não vemos Deus também,
porque acreditamos Nele?
A razão da minha incredibilidade na
homeopatia justificava-se plenamente apenas pelo mero raciocínio com recurso à
constante de Avogadro:
- Os medicamentos homeopáticos são
preparados por diluições [seguidas por agitações vigorosas] sucessivas. Preparada corretamente, devemos, para uma diluição centesimal, pegar num mililitro de solução e adicionar 99 mililitros de diluente (água, p.e.). Depois pegamos num mililitro da solução
resultante e adicionamos novamente 99 de diluente. E assim sucessivamente.
Podemos ter diluições de 200 CH ou até de 1000 CH.
Ora, dita a ciência exata que a partir da 11ª
diluição centesimal a probabilidade de encontrar uma ÚNICA molécula real é
nula.
Isto porque na 12ª diluição temos o 12 CH, com
uma diluição de 1x10-24 mol/L. Se aplicarmos a contante de Avogadro,
temos 1x10-24 x 6,022x1023 = 6,022x10-1, que é
inferior a 1 (e tínhamos de beber um litro para encontrar uma molécula).
Ora cá está!
Ciência exata: – Não temos lá nada, niente, zero,
nikles…puto…!
Só mais tarde me apercebi que a nossa mente não pode
e não deve estar tão fechada.
Não precisa de ser tudo ou preto ou branco…
Aliás, se nos dermos ao trabalho de por um pé
fora da caixa, podemos ver um mundo maravilhoso para além dos filtros que nos
impingiram…
Retomando a homeopatia. Comecei a acreditar nela quando
vi resultados reais em mim, nos que me rodeiam, quando comecei a prescrever
medicamentos homeopáticos.
E sabem quando decidi começar a acreditar?
- Quando reparei que ANIMAIS E CRIANÇAS não têm a
noção de efeito placebo.
É fácil de explicar:
- A ciência pura e exata, como
demonstrei acima, zomba com a homeopatia, denominando-a de pseudociência,
porque alegadamente e “comprovadamente” não tem lá “nada”.
Alega que os eventuais resultados
positivos podem ser atribuidos ao denominado efeito PLACEBO:
pla·ce·bo
(latim placebo, primeira pessoa do futuro do indicativo de placeo, -ere, agradar, aprazer)
(latim placebo, primeira pessoa do futuro do indicativo de placeo, -ere, agradar, aprazer)
[Medicina] - Substância neutra administrada em vez de um medicamento, como controlo
numa experiência, ou para desencadear reacções psicológicas nos pacientes.
"placebo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha]
Ou seja, os céticos alegam que a
mente humana, quando quer acreditar que com determinado medicamento vai obter a
cura, consegue "fabricar" efetivamente resultados positivos surpreendentes. E mesmo alguns
investigadores da medicina alopática chegam a duvidar da verdadeira eficácia de
determinadas drogas de síntese, quando confrontadas com o respetivo controlo
por placebo.
Mas com os medicamentos
homeopáticos a coisa já muda de figura…
Não têm lá moléculas. É um facto!
Mas, mercê das sucessivas diluições vigorosas, a informação vibracional e
energética permaneceu no veículo de diluição.
Já referi repetidas vezes a
informação vibracional. Já falei várias vezes da energia vital.
Numa perspetiva holística, quando sofremos
de determinada enfermidade, as nossas células, em falência, estão ávidas para
receber informação com o intuito de optar qual o rumo a tomar: - Se o da
AUTOCURA ou o da AUTODESTRUIÇÂO.
Infelizmente nós, humanos, decidimos
na nossa zona de conforto, cortar as amarras com a Natureza. Tudo é cimento,
tudo é químico. Controlamos tudo [pensamos nós] e a palavra de ordem é
CRESCIMENTO. Ou lá o que isso quer dizer…
[Na minha opinião, nunca regredimos
tanto como espécie, nas últimas décadas]
Surge então um pequeno milagre! Decidi
chamar-lhe então de efeito JACK.
O Jack é um cãozinho velhinho que
apareceu nas nossas vidas. Quando o encontrámos [disse-nos o veterinário] que
estaria já numa fase de se “deixar” morrer. Estava subnutrido e temeroso. Pobre
animal…
Demos-lhe abrigo, comida e amor.
Mantinha, no entanto, aquele olhar
vago e uma postura corporal e espiritual decadente.
A mim parecia-me que precisava
também de um boost de Energia Vital.
Foi o que fiz: - Apliquei-lhe duas vezes,
em dias alternados, uma solução homeopática complexista apirogénica na mesoderme
ao longo da coluna vertebral e à volta do umbigo.
Numa semana tinha um cão
completamente novo!
E o brilho nos olhos já tinha
voltado!
O Jack é muito esperto. Não
obstante, lamento informar que ele desconhece o efeito PLACEBO…
Step out of the box,
Ricardo Novais
P.S.1 – O Jack continua connosco e é
um cãozinho muito feliz!
P.S.2 – Sempre detestei a
publicidade com fotos do antes e depois. Mas aqui justificava-se.
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