Charlatanices
Charlatanices
“O homem está sempre mais descontente com os outros
quando se acha menos contente consigo próprio.”, Henri Amiel
Primeiro – Durante uma semana tive o privilégio de fruir
tempo de qualidade com os meus filhos aqui em casa. Estou plenamente satisfeito
por ter constatado que, por sua própria iniciativa, optaram quase exclusivamente
pelas brincadeiras ao ar livre - voltas de bicicleta, skate, patins, minigolfe,
piscina, escondidinhas ou simplesmente falar com os amiguinhos no mundo
exterior. Não os vi na internet a não ser para editarem e publicarem os vídeos
das suas brincadeiras.
Segundo – I hate haters!
Tradução – Estou farto de malta que, por ignorância, por
fel, por ressabiamento ou sabe-se lá por que frustrações que trazem agarradas ao
âmago do seu Ser, decidem opinar, julgar, difamar e, em última instância,
perturbar o sossego de quem está a tentar estar de bem com a vida.
“Entre o dogma, de um lado, e o ceticismo, do outro,
ainda há um terceiro caminho – uma mente aberta à incerteza.”
Somos todos um sopro de centelha divina. Uma partícula de
poeira cósmica que viajou das estrelas. Uma ínfima luz minusculamente potente.
Uma vibração bela e poderosa que, enquanto ancorada nesta marionete orgânica, a
que chamamos corpo, comanda a energia que flui da terra para o céu e do céu
para a terra, em meridianos e colaterais, irrigando as células e moléculas do
nosso corpo, em ciclos de contração e expansão, permitindo-nos experienciar a
VIDA.
Numa perspetiva taoista, nos moldes do Yin e do Yang, à luz
da medicina tradicional chinesa, quando alguém se fixa continuamente no fluxo
de contração, mais Yin, mais obscuro, em atitudes obsessivas, de controlo, de
julgamento, de ressentimento, de acumulação de matéria e de ideias, podemos concluir
que há seguramente um bloqueio no ciclo normal de regeneração e o SER não
consegue progredir, expandir, se SOLTAR…
Tem falta de benevolência e compaixão. O seu mundo molda-se
em redor do material e do materialismo (de coisas e pensamentos).
Quando inserimos uma agulha num ponto de acupuntura
específico estamos a romper bloqueios. Estamos a repor a homeostasia energética
do SER.
Por conseguinte, a medicina energética mais reconhecida é, seguramente, a MTC.
Mesmo quando optamos por fazer dietoterapia chinesa ou até
fitoterapia chinesa, enquadradas na MTC, elas são, também, no seu fundamento, energéticas.
Exemplo – o gengibre é muito utilizado nas formulações de fitoterapia chinesa.
A fitoterapia ocidental olha para o gengibre como um excelente
anti-inflamatório e antiemético, graças ao gingerol, com propriedades
digestivas excelentes. Os chineses preferem utilizá-lo de acordo com as suas
propriedades energéticas e de excecional tropismo para tonificar a energia do
centro - do baço-pâncreas. Assim - o gengibre fresco ajuda a baixar o Qi
do estômago, o gengibre seco ajuda a tonificar o meridiano do baço-pâncreas, a
casca do gengibre atua sobre o meridiano dos rins, etc.
Outra disciplina que casa excecionalmente bem com a MTC é a
homeopatia.
Sendo também ela puramente energética, vai modular
positivamente a VIBRAÇÃO energética que está em vazio, excesso ou bloqueada num
SER desequilibrado.
Por conseguinte, a aplicação de formulações homeopáticas apirogénicas
diretamente na mesoderme ou até mesmo nos pontos de acupuntura pode ser
incrivelmente eficaz.
Os medicamentos alopáticos, quando biodisponíveis, na sua
forma ativa, atuam especificamente em locais específicos, normalmente recetores
celulares ou enzimáticos, interferindo nas vias de funcionamento fisiológicas.
São fantásticos para tratar paliativamente os desequilíbrios orgânicos.
Entretanto, a mesma molécula, quimicamente sintetizada, atua igualmente em
centenas ou até milhares de outros recetores, com estrutura molecular análoga,
em maior e menor grau, produzindo reações não desejadas primariamente. São os
efeitos secundários.
Para que um medicamento seja “libertado” para o mercado é imperativo
e mandatório que milhares de ensaios clínicos sejam realizados para “convencer”
as entidades reguladoras de que, além da sua eficácia, os efeitos secundários não vão
matar ninguém. Pelo menos a curto prazo…
Resumindo:
O medicamento homeopático modula e vai atuar positivamente
na matriz energética do Ser portador de um desequilíbrio, corrigindo esse desvio
ou bloqueio (tal como a medicina tradicional chinesa).
O medicamento alopático atua diretamente sobre os recetores
farmacológicos celulares e/ou enzimáticos produzindo um determinado efeito
químico (ou bioquímico, se preferirem).
Os primeiros não produzem efeitos secundários, se bem
utilizados.
Os segundos têm sempre efeitos secundários.
Os segundos têm indiscutivelmente muitos mais estudos
científicos publicados porque, mercê dos efeitos secundários e colaterais,
precisam de, comprovadamente, demonstrar que são razoavelmente seguros e,
mediante ponderação médica, os benefícios da sua toma superam claramente os
malefícios que possam eventualmente provocar.
A medicina que tem por base o recurso aos medicamentos
alopáticos, químicos e de síntese, com pouco mais de uma centena de anos, é
denominada de tradicional ou convencional.
A medicina centenária e/ou milenar que tem por base o
recurso ao alinhamento energético do SER, como uma entidade física, emocional,
social e espiritual, atuando na verdadeira causa do desequilíbrio, é denominada
erroneamente (na minha humilde opinião) de alternativa.
Só a Medicina Tradicional Chinesa está documentada há mais
de três milénios…
É um verdadeiro case study… este fel…
Bem hajam,
Ricardo Novais
Ricardo Novais
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