A origem metafísica

A origem metafísica

Photo by Diego PH on Unsplash


À medida que vou evoluindo na minha prática observo que, nas minhas consultas de naturopatia, me estou a interessar cada vez mais pela leitura biológica das enfermidades.

Estou igualmente convencido de que muitas pessoas querem ficar real e definitivamente curadas, mas há outras que não lhes convém resolver minimamente os seus problemas. Afinal, a doença confere-lhes um certo controlo, um certo estatuto. Um mau poder, contudo…

Depois há a seguinte questão: para alguém curar verdadeiramente precisa de fazer uma viagem intrincada aos seus medos mais profundos. Às suas inseguranças, traumas e crenças mais enraizadas. É preciso praticar o perdão e o amor incondicional. Parece fácil, mas infelizmente é avassaladoramente doloroso…

O que é isso afinal da origem metafísica?

— O mais fácil para explicar é fazer uma analogia: imaginemos que a meio da noite o nosso vizinho toca à nossa campainha para nos alertar que os faróis do nosso automóvel estão ligados. Ficamos aborrecidos por nos ter de levantar a meio da noite, mas em última instância ficar-lhe-emos eternamente gratos, pois de manhã poderíamos nem sequer conseguir sair de casa porque a bateria tinha descarregado por completo.

O nosso vizinho é o nosso corpo, a luz dentro de nós. O nosso corpo, como um bom amigo, envia-nos sapientemente sinais de bloqueios mentais, emocionais e até espirituais que podem desembocar em patologias sérias e complicadas.

Alguns exemplos de problemas:

Mãos — usamos as mãos para trabalhar ou para dar afeto. Uma dor na mão direita, por exemplo, pode significar que podemos não estar satisfeitos com o nosso trabalho.
Pernas — usamos as pernas e os pés para andar, para percorrermos o nosso caminho. Quando temos dor nas pernas o nosso corpo avisa-nos que não queremos percorrer este caminho (trabalho, relacionamento).
Olhos — qualquer patologia nos olhos indica-nos que não queremos “ver” algo. Se for ao perto é algo que nos é muito próximo.
Ouvidos — não queremos “ouvir” algo. As crianças que fazem otites com frequência podem estar a apresentar dificuldades em suportar um dos progenitores ou um professor que grita muito.
Garganta — coincide com a chakra da garganta, que nos confere a criatividade e a manifestação das capacidades. O corpo avisa-nos que há algo que queremos dizer e não conseguimos ou então não estamos a conseguir manifestar a nossa criatividade — sentimo-nos frustrados.
Obesidade — insegurança profunda e falta de autoestima.
Pele — é o nosso cartão de visita. Somos demasiado exigentes porque damos demasiada importância ao que os outros pensam de nós.

A lista é infinita, mas pude constatar que é muito verosímil. Recomendo a leitura das obras da Lise Bourbeau e da Louise Hay.

Depois há o bloqueio espiritual…

Como explicamos que entre dois gémeos idênticos, com os mesmos genes, vivendo na mesma casa, com a mesma educação, em idade precoce, um precise de óculos para miopia e o outro tenha uma visão de 100%?

É fácil — entramos no campo da alma.

Vimos a este mundo para aprendizagem… quando uma das almas decide que não quer “ver” qualquer coisa, isso vai refletir-se no plano físico.

Eis a origem metafísica da doença.

Step out of the box,

Ricardo Novais

Comentários

  1. E é por esta razão que o corpo se cura quando os medos desaparecem, quando começamos a gostar de nós e a ser gentis com tudo o que fazemos... parece magia e é maravilhoso de se ver!

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