A origem metafísica
A origem metafísica
À medida que vou evoluindo na minha prática observo que, nas
minhas consultas de naturopatia, me estou a interessar cada vez mais pela leitura
biológica das enfermidades.
Estou igualmente convencido de que muitas pessoas querem
ficar real e definitivamente curadas, mas há outras que não lhes convém resolver
minimamente os seus problemas. Afinal, a doença confere-lhes um certo controlo,
um certo estatuto. Um mau poder, contudo…
Depois há a seguinte questão: para alguém curar
verdadeiramente precisa de fazer uma viagem intrincada aos seus medos mais
profundos. Às suas inseguranças, traumas e crenças mais enraizadas. É preciso
praticar o perdão e o amor incondicional. Parece fácil, mas infelizmente é
avassaladoramente doloroso…
O que é isso afinal da origem metafísica?
— O mais fácil para explicar é fazer uma analogia: imaginemos que a meio da noite o nosso vizinho toca à nossa campainha para nos
alertar que os faróis do nosso automóvel estão ligados. Ficamos aborrecidos por
nos ter de levantar a meio da noite, mas em última instância ficar-lhe-emos
eternamente gratos, pois de manhã poderíamos nem sequer conseguir sair de casa
porque a bateria tinha descarregado por completo.
O nosso vizinho é o nosso corpo, a luz dentro de nós. O
nosso corpo, como um bom amigo, envia-nos sapientemente sinais de bloqueios
mentais, emocionais e até espirituais que podem desembocar em patologias sérias
e complicadas.
Mãos — usamos as mãos para trabalhar ou para dar afeto. Uma
dor na mão direita, por exemplo, pode significar que podemos não estar
satisfeitos com o nosso trabalho.
Pernas — usamos as pernas e os pés para andar, para
percorrermos o nosso caminho. Quando temos dor nas pernas o nosso corpo avisa-nos
que não queremos percorrer este caminho (trabalho, relacionamento).
Olhos — qualquer patologia nos olhos indica-nos que não
queremos “ver” algo. Se for ao perto é algo que nos é muito próximo.
Ouvidos — não queremos “ouvir” algo. As crianças que fazem
otites com frequência podem estar a apresentar dificuldades em suportar um dos
progenitores ou um professor que grita muito.
Garganta — coincide com a chakra da garganta, que nos
confere a criatividade e a manifestação das capacidades. O corpo avisa-nos que há
algo que queremos dizer e não conseguimos ou então não estamos a conseguir
manifestar a nossa criatividade — sentimo-nos frustrados.
Obesidade — insegurança profunda e falta de autoestima.
Pele — é o nosso cartão de visita. Somos demasiado exigentes
porque damos demasiada importância ao que os outros pensam de nós.
A lista é infinita, mas pude constatar que é muito verosímil.
Recomendo a leitura das obras da Lise Bourbeau e da Louise Hay.
Depois há o bloqueio espiritual…
Como explicamos que entre dois gémeos idênticos, com os
mesmos genes, vivendo na mesma casa, com a mesma educação, em idade precoce, um
precise de óculos para miopia e o outro tenha uma visão de 100%?
É fácil — entramos no campo da alma.
Vimos a este mundo para aprendizagem… quando uma das almas
decide que não quer “ver” qualquer coisa, isso vai refletir-se no plano físico.
Eis a origem metafísica da doença.
Step out of the box,
Ricardo Novais
E é por esta razão que o corpo se cura quando os medos desaparecem, quando começamos a gostar de nós e a ser gentis com tudo o que fazemos... parece magia e é maravilhoso de se ver!
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