Campos mórficos

 Campos mórficos

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O termo foi introduzido pelo cientista britânico Rupert Sheldrake. Segundo ele, “os campos mórficos compreendem a organização de animais, plantas, células, proteínas, cérebros e mentes. Eles ajudam a explicar hábitos, memórias, instintos, telepatia e sentido de direção. Têm uma memória inerente e levantam a dúvida de que muitas das conhecidas ‘leis da natureza’ serão algo bem mais profundo e invisível do que simples hábitos”.

Parece complicado?

Como a própria etimologia sugere, um campo mórfico é a energia que envolve, organiza e sustenta uma forma. Essa forma pode ser de organização celular ou tecidular (dando forma a um órgão, por exemplo), no caso de um indivíduo em particular, ou de um determinado comportamento mental e social, no caso de um grupo de indivíduos unidos por laços emocionais (um traço cultural dos portugueses, por exemplo).

Para melhor compreensão deste conceito, imaginemos o exemplo de um campo mórfico tecidular: a amputação de uma perna. A perna já lá não está fisicamente e as terminações nervosas foram truncadas. Contudo, qualquer amputado, de manhã, ao acordar, sente impreterivelmente a necessidade de dar umas tapadinhas no toco para “acordar” o membro. Este fenómeno é conhecido por dor ou sensação fantasma, como se o membro ainda continuasse lá. Por outras palavras, embora já não exista, a energia que dá a forma — o campo mórfico — ainda subsiste, dando a informação de que tudo se mantém como antes.

Um exemplo de um campo mórfico social é o das construções das formigas. Cada uma delas, sem a visão global da estrutura, trabalha uma pequena porção distal do empreendimento. No conjunto final, o trabalho comunitário de milhares de formigas dá uma estrutura fluída, funcional e organizada como se uma “perspetiva” / “inteligência” externa lhes estivesse a dar as instruções precisas, milimetricamente.

Em bom rigor, a comprovação desta teoria poderia funcionar como a cola que iria unir as teorias mais avançadas no âmbito da física, como as teorias quânticas, as medicinas energéticas, exemplificadas pelo reiki e pela acupuntura, e a espiritualidade, abrindo caminho para um novo paradigma de medicina: uma medicina menos invasiva, mais económica e acessível a todos os seres vivos e sem os mórbidos efeitos colaterais (a desditosa iatrogenia). Para tal bastaria haver um entendimento geral da classe médica de que para tratar determinada condição era vantajoso, em primeira instância, modular os campos energéticos subtis — os campos mórficos. É o exemplo do que é feito há milhares de anos pela medicina tradicional chinesa, com excelentes resultados.

Em tempos de pandemia pelo novo coronavírus, o primeiro impacto em relação à utilização global das máscaras de proteção individual foi de estranheza e bizarria, pois a ocultação do rosto sempre teve uma má conotação, associada à criminalidade. Porém, à medida que cada vez mais pessoas foram aderindo paulatinamente à “nova moda”, foi pacífica a integração da máscara no quotidiano, num curto espaço de tempo, como se o novo normal estivesse há muito enraizado. Tal sucedeu porque um novo campo mórfico social, associado à utilização das máscaras, havia sido gerado. Este é um exemplo de um campo mórfico positivo.

Contudo, para nosso descontentamento, surgiram concomitantemente outros campos mórficos no decurso das medidas restritivas, nas quais se inclui o uso da máscara, e das notícias alarmantes veiculadas em massa pelos meios de comunicação em relação a esta pandemia. Estes, infelizmente, negativos. Refiro-me muito particularmente aos campos mórficos do medo e do isolamento.

Se observarmos atentamente, gerou-se coletivamente uma onda de medo irracional (o que eu chamo de histeria coletiva), que inunda os espíritos de todos os que “vivem” intensamente a pandemia e, mesmo aqueles que não receiam particularmente o vírus, como é o meu caso, conseguem captar da atmosfera o medo implícito, sofrendo energeticamente no processo, mesmo não querendo. Ora, o medo baixa a imunidade e, por conseguinte, aumenta paradoxalmente a propagação.

Como o medo É UMA OPÇÃO, sugeria fazer todos os esforços para não se deixarem influenciar por ele. O primeiro passo é desligar a televisão e pousar o telemóvel, desconectando-se das redes sociais tóxicas.

O isolamento é muito mais grave e pode ter implicações mais duradouras, pois afeta a psique coletiva. Tal campo mórfico é comum, por exemplo, em estabelecimentos prisionais, onde que os reclusos se desabituam de uma interação humana positiva.

O que se verifica é que, mercê das medidas restritivas IMPOSTAS, à semelhança do que se passa nas prisões, começou a medrar no seio da comunidade um campo mórfico associado ao isolamento que se traduz por uma profunda desumanização, envolvendo uma miríade de tendências antissociais, o que é profundamente lamentável…

Vistas bem as coisas (e as contas só se farão no final, provavelmente daqui a muitas décadas), perante as reais estatísticas do problema, era perfeitamente escusado.

Volto a ressalvar: é fundamental que as autoridades não desvalorizem os impactos das doenças mentais e do colapso social por vir.

Curioso, não acham? Queremos ser tão humanos que nos estamos a esquecer da faceta humana mais preciosa — o respeito pela liberdade e a compaixão pelo próximo.

Afinal, já tivemos uma experiência no passado recente. Por coincidência (ou não), também se chamava DGS.

 

Vitória da Luz,

Ricardo Novais

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