Hertz, donut?
Hertz, donut?
O hertz é a unidade de medida internacional que mede a
frequência e equivale a um ciclo por segundo. Falamos, obviamente, da
frequência de um evento periódico, de oscilações (vibrações), ou seja, de
ondas. Quando algo se propaga na natureza de uma forma cíclica dá origem a uma onda.
Essas ondas podem ser de natureza material, física, quando chegam até nós pela
água, sob a forma de ondas do mar, por exemplo, ou de natureza mais energética como
o som ou a luz. A luz, bem como a miríade de ondas eletromagnéticas flutuantes, como as ondas de rádio, telemóveis e os wifi, não
necessitam de um suporte físico para se propagarem, isto é, têm a capacidade de
se deslocarem livremente no vazio. O som, por sua vez, necessita sempre de um
suporte físico para se difundir, habitualmente a água e/ou o ar. Quanto maior a
quantidade de água, maior a propagação. É por este motivo que conseguimos ouvir
mais claramente as sirenes ou os apitos dos comboios ao longe quando o tempo
está húmido.
Partindo do simples princípio de que dois terços do corpo
humano são compostos por água, sendo, inclusive, o nosso próprio código
genético — ADN — banhado por ela, podemos alegar que o som assume uma especial
preponderância quando pensamos em cura, em regeneração. Dada a imprescindibilidade
de nos sentirmos em harmonia com o nosso meio envolvente, uma das melhores
formas de obter essa sintonia, esse alinhamento, será, por conseguinte, através
do som.
Os terapeutas de som podem fazer-se valer de taças
tibetanas, taças de cristal, diapasões, tinshaws, gongos e até da
própria voz. Existe uma pletora de frequências de cura, contudo iremos fazer apenas
referência a uma mancheia de frequências com valor terapêutico:
432 Hz — Estudos científicos demonstraram que esta
frequência reduz a ansiedade e baixa a tensão arterial, encoraja a
sincronicidade entre os dois hemisférios cerebrais, aumentando a criatividade, a
perceção e a intuição, e faz ressonância com o bater do coração da Terra — a frequência
de Schumann (aproximadamente 8 Hz). Tem relações
matemáticas com a construção de locais místicos como a Grande Pirâmide do
Egipto e o Stonehenge e serviu de base para o fabrico de instrumentos musicais
pelos gregos, egípcios, monges tibetanos e até dos famigerados violinos
Stradivarius, tendo sido utilizada na composição de inúmeras obras de Mozart,
Verdi e outros compositores famosos.
528 Hz — É uma das frequências do solfeggio
ancestral, também chamada de frequência do amor (amor incondicional ou divino) ou
do tom miraculoso. Aumenta a absorção de raios ultravioletas pelo ADN, é
encontrada na clorofila das plantas, no oxigénio, nos arco-íris, nos raios
solares e no zumbido das abelhas, e repara o ADN, removendo as anomalias. Uma
experiência empírica efetuada nos EUA demonstrou que apenas quatro horas de
exposição a esta frequência ajudava a dissipar o petróleo derramado no grande
incidente ambiental, no Golfo do México, imputado à BP em 2010. Outra, de
âmbito científico, de Akimoto et al, em 2018, demonstrou o efeito redutor
de stresse no sistema endócrino pelo recurso a esta frequência. A frequência de
528 Hz foi utilizada vastamente no reportório de John Lennon (pós-Beatles),
tendo a canção Imagine sido deliberadamente composta neste tom com a
intenção de propagar o amor incondicional por todo o planeta. As mais
elaboradas teorias da conspiração correlacionam o assassinato do compositor com
a oposição aos interesses da indústria da guerra.
128 Hz — Muito recentemente foi descoberto um
neurotransmissor — o óxido nítrico — que tem um papel fundamental na modulação
da ansiedade. O diapasão de 128 Hz — o mesmo usado pelos clínicos para a
deteção de problemas neurológicos, de audição ou fraturas ósseas — é
comprovadamente estimulador da libertação deste extraordinário mediador
endógeno. Sugerimos ativar o diapasão na palma da mão e encostar o “pé” a
vibrar no ponto do chacra do terceiro olho, entre as sobrancelhas, duas vezes.
Repetir o processo no ponto do esterno, a nível dos mamilos, duas vezes também.
NOTA: não fazer mais que duas vezes em cada ponto para evitar o efeito
paradoxal de inibição de libertação de óxido nítrico. Contraindicado a
portadores de pacemaker.
136,1 Hz — É conhecida como a frequência da Terra ou
o OM (o mesmo dos cânticos) e está habitualmente associada ao chacra cardíaco. Quando
somos expostos a esta frequência conseguimos libertar a tensão acumulada,
aumentar a conexão, o foco e a energia (ótima para usar nos pontos de
acupuntura). É usada para um profundo equilíbrio interno e bem-estar, promovendo
a cura a nível físico, por relaxar os músculos e os tecidos quando aplicada
diretamente sobre as áreas, e a nível emocional e espiritual quando usada nos
chacras cardíaco e do terceiro olho. Favorece o grounding ou
enraizamento quando aplicada nos joelhos e nos pés. NOTA: quando o diapasão de
136,1 Hz é usado em conjunto com o diapasão de 128 Hz, obtemos um profundo
estado meditativo mercê da formação de ondas alfa pelo efeito binaural.
O efeito binaural obtém-se pela subtração das duas frequências — 136,1 Hz – 128
Hz = 8,1 Hz — ou seja, uma onda alfa.
111 Hz — É conhecida como a frequência divina ou de
rejuvenescimento celular e é a média das frequências ressonantes dos monumentos
neolíticos utilizados para cultos que datam até quatro milénios antes de Cristo.
Vários estudos científicos demonstraram que esta frequência aumenta a atividade
do córtex pré-frontal direito, diminuindo a atividade do córtex pré-frontal
esquerdo, áreas problemáticas para doenças como o autismo e outras doenças
emocionais e comportamentais, como a ansiedade crónica, dependências e o transtorno
obsessivo-compulsivo. Esta frequência está também associada à libertação de
endorfinas, uma panaceia para qualquer tipo de dores que não causa qualquer
tipo de habituação. Quando nos debruçamos sobre o solfeggio ancestral
(174 Hz, 285 Hz, 396 Hz, 417 Hz, 528 Hz, 639 Hz, 741 Hz, 852 Hz e 963 Hz)
verificamos que se efetuarmos a subtração de duas frequências consecutivas, a
frequência de 111 Hz — i.e. a sua componente binaural — ocorre seis vezes.
É pena que a música não seja uma terapia de primeira linha... It hertz, donut?
Vitória da Luz,
Ricardo Novais
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