Multidimensionalidade

 Multidimensionalidade

 


Ao passarmos os olhos por A matriz divina, de Gregg Braden, entendemos que de acordo com os vários modelos de teoria quântica — a interpretação de Copenhaga, a interpretação dos muitos mundos ou a interpretação de Penrose — experimentamos a realidade que escolhemos perante infinitas possibilidades, que podemos denominar de universos paralelos. A forma de “fechar” a nossa realidade está mais relacionada com aquilo que sentimos ao invés de com aquilo que pensamos, daí o facto de nem sempre funcionar o “pensamento positivo”. Quer isto dizer que se queremos efetivamente alterar a nossa realidade para um plano pleno de abundância e felicidade, devemos percorrer a senda da gratidão, do perdão e do amor incondicional, que constituem a derradeira linguagem universal. Até podemos idealizar (com a mente) um mundo isento de dor e negatividade, contudo, se não o sentirmos (com o coração), vemo-nos permanentemente encurralados numa espiral de comiseração e desespero. Aqui, caro leitor, é onde reside o cerne da questão: não é como um interruptor ou um fusível que se liga ou desliga esta maravilhosa capacidade que nos foi presenteada. É antes um caminho longo e árduo de aprendizagem, como uma escola. Não importa se caímos na armadilha da raiva, do medo, da tristeza ou da preocupação. Importa é levantarmo-nos e aceitar com gratidão tudo aquilo que nos acontece de bom e de mau, porque tudo isso é necessário para um maior propósito — o crescimento espiritual.

Muitas vezes ouvimos falar dos anjos e dos santos, dos mestres ascensos, de Jesus e de Maria. O facto de não os conseguirmos ver não quer dizer que eles não estejam connosco. Simplesmente evoluíram tanto no plano espiritual que a sua vibração passou a ser muito elevada — de pura Luz. É por isso que não os conseguimos percecionar com recurso aos cinco sentidos. É fácil de entender: ainda somos dos raros seres do universo que se encontram na terceira dimensão — uma dimensão caracterizada pela expressão da energia em matéria. Somos, por isso, bastante apegados ao mundo material. É nossa missão, como humanidade, procurar ascender, elevando a nossa vibração individual e, por conseguinte, a do planeta, ajudando todos os seres de mais baixa vibração a ascender também, para transmutação.

Como entidades especiais que somos, vivemos num mar de infinitas probabilidades, habitando simultaneamente inúmeros avatares. A nossa realidade — aquela em que decidimos acordar todos os dias — é aquela que o nosso eu superior escolheu para vivenciar uma aprendizagem. Por vezes, nos nossos sonhos vívidos, quando a frequência do nosso cérebro abranda, cruzamo-nos com os nossos outros avatares, de outras dimensões e de outras linhas do tempo. Daí que os lugares sejam estranhos e paradoxalmente familiares.

Estamos todos, portanto, mergulhados numa espécie de sopa quântica — a tal matriz divina, etérea, que engloba as várias possibilidades, os diferentes planos vibracionais e as inúmeras linhas temporais e onde tudo e todos são energia. Se conceptualizarmos a metáfora da escola, percebemos que a humanidade está na globalidade numa etapa de transição, de “exame”, tentando evoluir energeticamente para uma quarta/quinta dimensão, “passando de ano”. É fundamental que unidos, como um só, procuremos encontrar soluções inovadoras de alinhamento com esta matriz, alternativas ao tradicional padrão excessivamente mental, em puro amor e compreensão e sem julgamentos nem preconceitos, para os grandes desafios por vir. A nossa sobrevivência vai depender da nossa capacidade de desapego dos cânones em que esta realidade foi assente.

Vitória da Luz,

Ricardo Novais

Referências:

Gregg Braden, A Matriz Divina, 2007

Eckhart Tolle, Um Novo Mundo

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