Subconsciente

O subconsciente é um termo que gera muita celeuma, sobretudo nos corredores da ciência. Demonstrando grande abominação pela palavra, a classe médica e a relacionada com a psicanálise classificam-na como um erro grave, que nada tem a ver com o legado de Jung ou Freud, preferindo, ao invés, invocar a denominação “inconsciente” para descrever tudo o que não é processado mentalmente ao nível da consciência. Um problema, quanto a mim, recorrente e ainda associado à “velha escola” do raciocínio científico — dogmática, dicotómica, inflexível e implacável. Do antigo paradigma, portanto.

Contudo, uma nova corrente de autores de nova era, da qual orgulhosamente faço parte, já entendeu que a maioria dos problemas físicos, mentais e até de evolução espiritual tem génese em bloqueios profundos no subconsciente, em conflitos internos. Estes bloqueios surgem quando colocamos em confronto a pureza daquilo que somos e sabemos querer de forma inata com as duras regras da repressão parental, religiosa, educacional e social. Quando somos crianças raramente os nossos pais declinam o termo “não” em prol de uma educação assente no feedback positivo e no esclarecimento. O facilitismo, o crescimento em torno do material e o espírito de competição conduzem a que os adultos optem invariavelmente pela solução mais óbvia — a repressão: “não faças isso”; “está errado”; “opta por esta profissão porque dá mais dinheiro”; “temos de ser melhores do que os outros”. Os jovens, desta forma, quando se veem perante situações que bem lá no íntimo sentem estar desviadas da sua própria verdade, optam amiúde por relacionamentos sem amor, profissões em que não se sentem minimamente realizados e, no caldo de frustração, geram preconceitos, fobias, inseguranças e animosidades.

Os exemplos mais comuns de crenças limitantes ou bloqueios são: “eu não sou bom o suficiente”; “não tenho tempo”; “não tenho dinheiro”; “sou demasiado estúpido”; “não sou capaz de fazer aquilo”; “não mereço ser rico”; “é preciso trabalhar muito para ser feliz”; “ninguém me ama”. O pior de todos será mesmo: “não mereço ser feliz”.

O leitor já reparou que se fosse capaz de se libertar de todas as limitações (auto)impostas poderia fazer tudo aquilo que desejaria?

É que, nesta nossa efémera passagem, foi-nos concedida a fantástica capacidade de superação. Não a superação associada à competição, de ultrapassar os outros, mas a capacidade de nos superarmos a nós próprios, de sermos capazes de transpor todos os bloqueios internos, em pleno respeito pela nossa verdade interior, num fenómeno que podemos denominar de honestidade energética.

A minha sugestão, em situações de bloqueios subconscientes, vai no sentido de questionar e observar todos os pensamentos negativos que nos assolam sempre que nos encontramos perante uma decisão importante. A técnica de perguntar ao nosso Eu superior se o sentimento é nosso, é muito importante. Basta fazer a questão: “És meu?” Se for, vamos sentir-nos leves no peito, porque esse pensamento está em alinhamento com o nosso propósito supremo. Se não for, vamos sentir-nos estranhamente pesados, como se algo externo à nossa verdade nos estivesse a “prender” ao passado, não nos permitindo evoluir.

Se estiver a sentir dificuldades em contornar as rasteiras do subconsciente, procure modulá-lo através do uso de afirmações positivas (mantras), autossugestão, visualização positiva, frequências binaurais, Thetahealing®, meditação ou mindfullness.

Por norma, as incertezas e angústias serão sempre o fruto do nosso inseparável EGO, a nossa única e autêntica némesis que nos obriga (paradoxalmente) a duvidar da nossa capacidade de sermos felizes.

Recomendo a visualização integral deste vídeo, se procuram ser Homo sapiens que se preocupam com a geração vindoura. Que estão preocupados em viver em paz e harmonia (está em inglês sem legendas):

https://www.youtube.com/watch?v=UYvxlkCGmbQ


Façam o favor de ser felizes. Ouçam o vosso gut feeling,

Rumo a um novo paradigma,

Ricardo Novais


Photo by Cristina Anne Costello on Unsplash

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