Detox vacinal


Durante os anos em que lecionei farmacologia, uma coisa sempre foi clara para mim: “Não há bela sem senão”. Quero com isto dizer que qualquer medicamento alopático, xenobiótico, sintético, com ação farmacológica, não vai atuar apenas no alvo pretendido, mas também numa miríade de outros recetores não desejados, noutros tecidos, noutros órgãos. Daí o inevitável surgimento das reações adversas medicamentosas, também conhecidas como efeitos secundários. Para terem uma ideia, um simples paracetamol (acetominofeno), um fármaco que se vende ao balcão e se toma amiúde sem grandes inibições, em todas as idades, tem elevada toxicidade renal e hepática e uma dose única acima dos 10 gramas pode ser, inclusive, fatal. Muita gente desconhece este facto.

A questão é que quando lidamos com um medicamento que apresenta vincados efeitos colaterais, temos a possibilidade de ajustar a dose ou até de fazer a retirada do medicamento. As vacinas têm, porém, uma particularidade muito mais periclitante: uma vez inseridas no nosso organismo, vão interferir com o sistema imunológico e funcionar como uma espécie de tatuagem interna, não havendo hipótese de as remover nem aos seus efeitos, caso algo corra menos bem. O processo é irreversível. É por esse motivo que é obrigatório um acompanhamento minucioso, que pode durar até dez anos, antes de qualquer implementação em massa, fazendo jus ao lema hipocrático: “primeiro, não fazer mal”.

A verdade é que, em relação ao processo de vacinação em curso, só agora começamos a conhecer a real dimensão do problema envolvendo as reações adversas. E não são só as miocardites, pericardites, paralisias faciais ou VITT (trombocitopenia trombótica induzida pela vacina contra o COVID-19, uma condição médica bem conhecida). Sintomas mais leves como fadiga, cefaleias, alergias, tonturas, dores nos membros, perturbações do ciclo menstrual ou até determinados problemas de pele e/ou hematomas podem estar associados a esta inoculação e merecem o devido acompanhamento e a notificação ao Infarmed, se justificável. Se tiverem dúvidas ou questões, podem sempre pedir ao vosso médico de família para efetuar um check-up. A análise dos d-dímeros é um dos parâmetros imprescindíveis para detetar eventuais perturbações na coagulação.

Quem está em melhores condições de confirmar estes fenómenos extemporâneos, correlacionando-os com as inoculações, são os oftalmologistas, pois são os únicos especialistas com acesso à observação direta destes coágulos nos pequenos vasos que irrigam a nossa retina, em exames de rotina.

Para além destes efeitos de curto prazo já conhecidos, não sabemos, contudo, quais os efeitos a médio e a longo prazo destas vacinas. Ou seja, no horizonte podem ainda pairar eventuais problemas bastante mais intrincados de debelar. Mas isso só o tempo o poderá desvendar.

De um ponto de vista naturopático, o detox eficaz destas vacinas tem-se revelado um autêntico desafio para mim. Isto porque, não se sabendo qual a sua composição exata (muitos ingredientes são ainda propriedade industrial, e, por conseguinte, secretos), não se pode atuar com as ferramentas clássicas, como, por exemplo, os homeopáticos Thuya e Silicea.

Porém, o homeopático Thuya não é totalmente descabido para estas vacinas. Fica à vossa consideração.

Como sei que existem impreterivelmente excipientes do tipo metálico em qualquer vacina, é fundamental a remoção destes metais pesados do organismo. Sugiro usar clorela, espirulina, salsa ou coentro. Podem fazer um shot matinal, em jejum, com maçã, sumo de limão com casca e um ou vários destes ingredientes (clorela, espirulina, salsa ou coentro). Eu, pessoalmente, prefiro a clorela.

Um dos sistemas mais afetados por esta vacina é o sistema linfático e isso constata-se pelo inchaço dos gânglios linfáticos no período pós-inoculação. Existem formulações homeopáticas complexistas no mercado bastante eficazes. Sugiro começar com uma destas formulações (contendo Scrophularia nodosa e/ou Myosotis arvebsis) para limpar o meio extracelular, uma semana antes de iniciar a desintoxicação dos órgãos emunctórios (fígado e rins).

Para desintoxicar e regenerar o fígado, podemos e devemos usar o cardo mariano, rico em silimarina, sob a forma de infusão (menos hepatoprotetor) ou de xarope ou tintura. Devemos tomá-lo durante o dia, principalmente fora das refeições. Uma alternativa poderá ser o taráxaco, conhecido como dente-de-leão, que também atua a nível renal.

Como se verifica uma inflamação generalizada, especialmente a nível vascular, há stresse oxidativo e excesso de radicais livres. É fundamental a suplementação com antioxidantes: vitamina C, NAC (N-acetil-L-cisteína) — para aumentar os níveis de glutationa (antioxidante endógeno) — e melatonina, especialmente para quem apresenta dificuldade em adormecer.

O alho é um alimento barato e é um antiagregante plaquetário por excelência, por conseguinte é útil para contrariar a formação de trombos. Pode comê-lo cru ou deixá-lo a marinar em mel e canela, ingerindo-o depois.

Recomendo igualmente manter bons níveis de vitamina D, recorrendo à suplementação em colecalciferol, se necessário.

Para quem gosta de óleos essenciais, sugiro cheirar ocasionalmente o óleo essencial de pinho marítimo (Pinus pinaster), de acordo com as regras de aromaterapia, com atenção às contraindicações e intolerâncias. Pode também colocar umas gotas de OE de pinheiro marítimo no seu banho de imersão junto com sal marinho integral ou sais de Epson.

É claro que é altamente aconselhável, durante este período, fazer desporto moderado de forma regular e optar por uma dieta anti-inflamatória, sem alimentos processados. Fora das refeições deve procurar ingerir muitos líquidos e água alcalina, pois favorece a eliminação das toxinas.

Vitória da Luz,

Ricardo Novais


Photo by Dominik Martin on Unsplash


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